sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Eu gosto de ser quem observa
O narrador dos outros
Quem vive à espera
Dos olhares inesperados
Que contam as histórias
Que tanto me interessam

Porque eu não tenho história
E nem quero ter

Quero apenas ser capaz
De sempre me admirar
Com os detalhes que me aparecem
E fazer deles minha missão
Torná-los grandes
Não só a mim
Como também a quem os possui
Para que assim eles parem

A corrida que praticam

E possam ver
Que há vida querendo
Sair deles a todo tempo

Raíssa Portela

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